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Em 8 vacinas obrigatórias para crianças, Brasil alcança meta em apenas 1

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2019-06-11 12:00:08

 

BCG, dada após o nascimento, foi a única que teve mais de 95% de imunizações; vacinação de menores de 2 anos registra queda desde 2011, segundo Ministério da Saúde.

 

Um levantamento do Ministério da Saúde sobre vacinação de crianças mostrou que, entre oito vacinas obrigatórias, apenas a BCG, dada após o nascimento e que protege contra a tuberculose, alcançou a meta de 95% de cobertura no ano passado. O ministério iniciou uma campanha para aumentar as coberturas vacinais em abril e diz que a redução pode estar ligada não só à resistência das pessoas às vacinas, mas ao fato de que algumas doenças, erradicadas pela vacinação, não são mais alvo de preocupação da população.

Embora seja a única que alcançou a meta, a BCG vem apresentando queda nos últimos oito anos. Em 2011, quando tem início a série do ministério, a cobertura era de 107,94%. No ano passado, atingiu 95,63%. Os dados de 2018 ainda são preliminares. Segundo a pasta, a vacinação de crianças com menos de 2 anos está apresentando queda desde 2011.

A vacina contra o rotavírus teve cobertura de 87,06% em 2011 e chegou a alcançar a meta de 95% em 2015, mas apresentou redução e, em 2018, ficou em 87,87%. A pneumocócica 10 valente passou de 81,61% para 91,51%. Em 2016, a meta foi atingida e o índice voltou a cair.

Em 2011, a vacina contra a poliomielite tinha cobertura de 101,33%. No ano passado, ficou em 86,33%. A queda da pentavalente foi de 98,97% para 85,26%. A tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, também despencou – de 102,39% para 90,5%.

Mesmo imunizantes que foram introduzidos há menos tempo tiveram esse movimento de queda. Incluída em 2014 no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a hepatite A teve cobertura de 60,13% em seu primeiro ano. Em 2015, chegou a 97,07%. No ano seguinte, caiu para 71,58% e não voltou a superar a meta em 2017 (83,05%) e 2018 (80,95%).

“A resistência à vacinação é uma preocupação para toda a sociedade, pois a difusão de informações equivocadas podem contribuir para a decisão de não vacinar. É importante destacar que o principal perigo em ter baixas coberturas vacinais é o risco de reintrodução de doenças já eliminadas no País. O fato de algumas doenças terem sido eliminadas ou terem baixa ocorrência no País, como a poliomielite, por exemplo, causou uma falsa sensação de que não há mais necessidade de se vacinar, porque a população mais jovem não conhece o risco”, avalia o ministério.

Segundo a pasta, 19 imunizantes integram o Calendário Nacional de Vacinação, que oferece doses para diferentes faixas etárias, do recém-nascido ao idoso. ” Há ainda vacinas especiais para grupos em condições clínicas específicas, como portadores de HIV/Aids, disponíveis nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE).”

Em abril, foi lançado o Movimento Vacina Brasil, que tem como foco reverter a queda das coberturas vacinais no País.