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O farmacêutico, como profissional de saúde, pode contribuir com a prevenção ao suicídio além de demais transtornos e doenças mentais.
No dia 10 de setembro é comemorado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, data incluída na campanha Setembro amarelo que, em 2022, tem como lema “A vida é a melhor escolha!”.
O Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (SP) apoia a campanha, organizada pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), e hoje (12), realiza um webinar para abordar a prevenção ao suicídio.
A saber, o bate-papo on-line será aberto aos farmacêuticos, demais profissionais de saúde e população e ocorrerá pelo canal do Youtube do CRF-SP.
A farmacêutica com atuação em Saúde Mental e atual presidente do CRF-AM, Dra. Luana Kelly Lima Santana, fala sobre o papel do farmacêutico na identificação de um transtorno mental.
“O farmacêutico é, muitas vezes, o primeiro profissional de saúde que a população procura quando tem algum problema de saúde. Se o farmacêutico tiver a oportunidade de realizar uma anamnese no paciente, é importante que ele faça um rastreamento em saúde e detecte se há algum problema de saúde mental, como a depressão ou a ansiedade, que podem culminar em processos mais graves como a ideação suicida”.
Todavia, Dra. Luana aponta que o suicídio é prevenível, apesar de não ser fácil identificar os sinais.
E que o profissional de saúde é fundamental para que esses sinais sejam observados, identificados e, a partir daí, que se trace um plano de cuidado.
“O farmacêutico pode contribuir, se necessário realizar o encaminhamento do paciente ao médico e à terapia psicológica. O profissional de saúde é parte fundamental do rastreamento e identificação de transtornos mentais, que são considerados tudo aquilo que desequilibra o bem-estar mental”, conceitua.
Setembro amarelo
O Setembro amarelo é uma campanha de amplo alcance, em que toda a sociedade deve aderir e os conselhos de Farmácia têm um papel essencial nesse contexto, como por exemplo, para, então, alertar sobre o uso inadequado de medicamentos.
“Há muitas formas de se cometer o suicídio, mas uma das mais comuns é o uso abusivo de medicamentos ou em misturas destes com outras substâncias, como o álcool, por exemplo. O farmacêutico pode orientar o responsável ou mesmo o próprio paciente sobre a guarda correta de medicamentos. Além disso, se o paciente tem risco aumentado para o suicídio, não pode ter acesso livre a grande quantidade de medicamentos, sejam eles quais forem”, alerta.
Ela destaca que os Conselhos de Farmácia são representações essenciais para contribuir, então, com a prevenção ao suicídio.
“São entidades que lutam para assegurar o uso correto de medicamentos e para divulgar o papel do farmacêutico como profissional de saúde, incluindo seu papel na equipe multidisciplinar para a saúde mental”, diz.
A importância do farmacêutico
Para o presidente do CRF-SP, Dr. Marcelo Polacow, os farmacêuticos precisam, então, estar unidos e bem informados para poder contribuir com as questões de saúde mental.
E principalmente, para contribuir na prevenção ao suicídio.
“O suicídio é um problema de saúde pública, que tem dados impactantes que chegam a uma média 38 casos por dia somente no Brasil. O farmacêutico, como profissional de saúde, pode contribuir com a prevenção desse problema e dos demais transtornos e doenças mentais”, afirma.
Fonte: Guia da Farmácia