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Vacina contra câncer de pulmão reduz risco de morte em 41%

Câncer de pulmão metastático

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Além de reduzir o risco de morte em casos de câncer de pulmão metastático, a potencial vacina apresenta menos efeitos adversos graves que a quimioterapia padrão.

 

Na França, pesquisadores do Instituto Gustave Roussy e da empresa de biotecnologia OSE Immunotherapeutics estão próximos de concluir as pesquisas necessárias para que chegue ao mercado uma nova vacina contra o câncer de pulmão metastático. Nas últimas fases de pesquisa, a equipe observou que o imunizante Tedopi reduz o risco de morte em 41%.

 

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Além da redução do risco de morte, o estudo recém-publicado na revista científica Annals of Oncology traz outros resultados positivos do potencial tratamento. Por exemplo, os pacientes que receberam a vacina passaram mais tempo em remissão — estágio de controle do câncer — que aqueles que receberam exclusivamente a quimioterapia. A diferença foi de 7,7 meses contra 4,6 meses.

 

Em paralelo, a qualidade de vida foi mantida com a vacina. Durante os testes, a nova terapia de combate ao câncer avançado resultou em menos efeitos adversos graves que a média dos tratamentos disponíveis hoje, como a quimioterapia.

 

Diante dos atuais resultados, “a Tedopi é a primeira vacina contra o câncer a demonstrar resultados positivos na sobrevivência em um estudo randomizado de Fase 3 em pacientes com câncer avançado e metastático”, afirma Benjamin Besse, diretor de pesquisa clínica do instituto francês, em nota.

 

Vacina atua contra todos os tipos de câncer?

É preciso destacar que, por enquanto, os testes da nova vacina envolvem apenas pacientes com tumor de pulmão de células não pequenas (CPCNP) em estágio avançado ou metastático. Em comum, os recrutados não obtiveram sucesso em nenhum outro tratamento proposto. Isso significa que o uso ainda é limitado.

 

Câncer de pulmão metastático
Câncer de pulmão metastático

 

Como funciona a vacina contra câncer metastático de pulmão?

Para ajudar a combater o câncer, a vacina Tedopi é composta por cinco antígenos diferentes associados ao tumor, o que deve desencadear a produção de anticorpos contra o câncer pelo sistema imune. Por serem antígenos pré-estabelecidos, os pacientes imunizados precisam ter um marcador genético chamado HLA-A2.

 

Aqui, é importante reforçar que, embora seja usada a expressão vacina, a nova terapia é exclusiva para pessoas que já estão com câncer, ou seja, não é preventiva. O termo imunizante se deve ao fato do medicamento potencializar e induzir o sistema imunológico do próprio paciente a combater o tumor, como uma imunoterapia.

 

Futuro da pesquisa de vacina contra o câncer

Agora, um novo (e último) ensaio de fase 3 deve começar em janeiro do ano que vem, no qual 300 voluntários serão recrutados. Após a conclusão desta pesquisa, prevista para 2026, os dados obtidos serão enviados para as agências reguladoras de saúde em todo o mundo — com o sinal positivo, a nova terapia que reduz o risco de morte em casos avançados de câncer de pulmão poderá chegar ao mercado.

 

Em paralelo, outros estudos de Fase 2 estão em andamento no mundo com o uso combinado da vacina Tedopi e de outras terapias. Neste caso, as investigações também envolvem o uso do novo medicamento contra os tumores sólidos.

 

 

Foto: Reprodução
Fonte: Guia da Farmácia