O contrato com farmacêutica para a compra de imunoglobulina pelo Ministério da Saúde está gerando suspeitas de fraude.
Isso porque o vínculo foi estabelecido sem licitação e a empresa em questão tinha apenas um funcionário até o último mês de março. As informações são do Diário do Poder.
Questionada durante uma oitiva na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) na última terça-feira, dia 28, a ministra Nísia Trindade desconversou sobre o assunto.
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Segundo a responsável pela pasta, as suspeitas foram levantadas pela oposição, com o objetivo de gerar pânico na população e fomentar um discurso contrário à ciência.
No mais, a ministra disse apenas que o vínculo com a Nanjing Pharmacare, representada pela Auramedi, para a compra de imunoglobulina foi mais econômico para o governo e que o Tribunal de Contas da União (TCU) investiga o caso.
O montante acordado é de R$ 285,8 milhões.
Compra de imunoglobulina pelo Ministério da Saúde
Imunoglobulina: contrato com farmacêutica é só mais recente problema
Antes mesmo da Saúde fechar o polêmico contrato com farmacêutica, o abastecimento de imunoglobulina no Brasil já era um desafio. Em janeiro deste ano, a Anvisa determinou o recolhimento do produto devido a falsificação.
O medicamento alvo dos “piratas” foi o Panzyga (Imunoglobulina Humana 10% 5g/50mL), lote K110A8285, validade 02/2024. As medidas foram estabelecidas pela Resolução RE 288.
A empresa Octapharma Brasil Ltda., detentora do registro, comunicou à autarquia a identificação de unidades falsificadas do frasco-ampola do produto biológico, com diferenças na data de validade do produto e no material de embalagem (etiqueta e caixa).