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Suplementos em farmácias: cada vez mais poderosos

Suplementos em farmácias

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Suplementos em farmácias – Um ano foi suficiente para esse mercado avançar 53%. Desde 2019, a evolução atinge impressionantes 165%.

 

Índices levantados pela IQVIA indicam um elevado potencial da categoria, especialmente entre farmácias associativistas e independentes. A venda de suplementos revelou-se decisiva para ampliar a relevância do mercado de consumer health nas farmácias. A participação desse nicho nos negócios das farmácias aumentou três pontos percentuais desde 2018, saltando de 45% para 48%. O crescimento acumulado desde então foi de 68%, contra 53% dos medicamentos prescritos.

 

Leia também: Anvisa suspende produtos da empresa Labornatus do Brasil, de suplementos alimentares

 

Os números vão ao encontro da percepção dos consumidores. Segundo levantamento conduzido pela própria IQVIA com 1.015 clientes de farmácias, 49% dos entrevistados ampliaram a preocupação com o aumento do custo de vida nos últimos 12 meses. No entanto, 57% desse público não reduziu o fluxo de compra de produtos para saúde e imunidade.

 

“O brasileiro incorporou os suplementos alimentares e vitamínicos à sua rotina de bem-estar e qualidade de vida. E dois fatores vêm sendo os motores das vendas da categoria. São eles a ressignificação do papel das farmácias como hubs de atenção primária e a conveniência do e-commerce, cujas transações já somam R$ 2,7 bilhões”, informa Renan Oliveira, gerente da área de Consumer Market Insights da IQVIA.

 

Médio varejo lidera crescimento

Os suplementos em farmácias encontram seu carro-chefe nas 27 grandes redes que integram a Abrafarma. O movimento nos últimos 12 meses foi de R$ 55 bilhões, o que corresponde a 53% da receita geral com a comercialização desses produtos. Mas foi o médio varejo, formado por outras redes de farmácias, por franquias e pelo associativismo, que liderou o crescimento em um ano – 63%, de R$ 21,3 milhões para R$ 34,7 milhões. Juntas, essas empresas têm 34% de market share. “O avanço no período foi de R$ 35,8 milhões, com as farmácias de médio porte respondendo por 37% dessa alta”, destaca Oliveira. Já as grandes redes evoluíram pouco mais de 54% e somam 55% de representatividade.

 

Suplementos em farmácias
Suplementos em farmácias

 

Alavanca de crescimento nas farmácias

Ainda de acordo com a IQVIA, 85% do aumento da receita de suplementos decorre da expansão do volume de unidades nos PDVs e da elevação de preços. “Das 309 SKUs da categoria que tiveram movimentação de valores nos últimos 12 meses, 208 sofreram reajustes acima da média do mercado. Isso indica como o bom gerenciamento da precificação pode fazer a diferença para as farmácias”, argumenta Renan. O consultor, no entanto, adverte para a má exploração dos lançamentos como vitrines para as farmácias. “Dos 111 novos produtos, 12 totalizam 90% do faturamento e nenhum está presente nos quatro canais”, analisa.

 

Ausência nas estatísticas indica potencial inexplorado

Entre as subcategorias de suplementos em farmácias, os alimentos e suplementos nutricionais movimentam 43% dos negócios e registraram alta de 58%. Já as barras energéticas e alimentos esportivos tiveram crescimento bem superior – 81%, equivalente a 36% do faturamento. Porém, mais de 80% da disponibilidade desses itens está nas grandes redes e praticamente inexistem nas estatísticas das farmácias independentes. “E estamos falando de uma subcategoria com faixa média de R$ 7,92, preço muito aderente ao perfil de cliente do pequeno varejo”, analisa Renan.

 

Ao mesmo tempo, 25% da receita das independentes com suplementos envolve unidades com valor a partir de R$ 150, o que revela a importância de aprimorar a diversificação do portfólio. “O Whey Protein Isolate em pó custa em torno de R$ 205,30 e só se encontra nas pequenas farmácias”, exemplifica.

 

Dois dos itens mais concorridos no PDV, o Cooper Energy Whey de baunilha em cápsulas e sua versão em pó praticamente não aparecem no mix do associativismo e nas independentes – o primeiro produto tem 0% de presença e o segundo, somente 2,8% em ambos os nichos. Seja como for, não resta dúvida: suplementos têm a força nas prateleiras da maioria das farmácias brasileiras.

 

 

Foto: Freepik

Fonte: ABCFarma