A Food and Drug Administration (FDA) está investigando hospitalizações e mortes ligadas ao uso de Ozempic falsificado.
Segundo relatórios em análise pelo órgão norte-americano, pelo menos três pessoas foram hospitalizadas após se injetarem com versões falsas de semaglutida. As informações são do NY Post.
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O Sistema de Notificação de Eventos Adversos da FDA já recebeu 42 casos que citam o uso de semaglutida falsificada, na qual o ingrediente está sendo trocado por uma versão sintética de insulina.
No entanto, os casos de efeitos adversos enviados não foram necessariamente confirmados clinicamente e apenas alguns mencionaram especificamente o Ozempic, incluindo uma das três internações em investigação. Mais de metade dos casos notificados são classificados como “graves”, o que pode incluir mortes.
Duas mulheres supostamente morreram após sofrerem de coágulos sanguíneos causados por medicamentos falsos. Os sintomas sofridos pelos pacientes incluíam convulsões, descoloração da pele, hematomas e distúrbios hepáticos. Todos os casos foram submetidos ao FDA pela Novo Nordisk, fabricante do Ozempic.
“Fornecemos comunicações a diversas partes interessadas, incluindo atacadistas e farmacêuticos, para garantir que eles estejam cientes da situação e também sejam capazes de identificar um potencial produto injetável de semaglutida falsificado”, disse a farmacêutica em nota.
Mortes ligadas ao uso de Ozempic falsificado
Novo Nordisk alertou sobre Ozempic falsificado
Versões falsas do medicamento para diabetes foram encontradas à venda em grupos do Facebook e, o que é ainda mais preocupante, também chegaram às prateleiras das farmácias.
A Novo Nordisk já havia alertado os consumidores que versões falsificadas do medicamento, que supostamente substituiu a semaglutida pela insulina glargina, foram compradas em farmácias em todo o país.
Um porta-voz da FDA garantiu que todos os relatórios estão sendo investigados e uma “resposta regulatória apropriada” será dada. “A FDA permanece vigilante na proteção do fornecimento de medicamentos dos EUA contra estas ameaças”, afirmou a agência em um comunicado.
Versão falsificada chegou ao Brasil
No Brasil, a Anvisa recebeu um comunicado da Novo Nordisk sobre a presença de unidades falsificadas do medicamento. Trata-se do lote LP6F832, válido até 11/2025. Segundo a farmacêutica, o lote não é considerado válido e se trata de produto falsificado.
A autarquia publicou a medida preventiva (Resolução – RE 3.945/2023), que determina a apreensão e a proibição de comercialização, distribuição e uso do lote do medicamento falsificado.