Geraldo Alckmin visitou a fábrica localizada em Valinhos (SP), que fabricará o insumo
O IFA do Infliximabe poderá ser produzido no Brasil. A Anvisa deu aval para que a Bionovis fabrique o insumo utilizado na produção do medicamento. Ele é utilizado no tratamento de doenças autoimunes, como artrite psoriásica ou reumatoide; doença de Crohn, colite e psoríase.
O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alkmin, anunciou a aprovação durante visita à fábrica da farmacêutica, em Valinhos (SP). “A aprovação é um grande salto científico para o Brasil”, comemora.
A iniciativa conta com o apoio das políticas públicas do governo federal, de incentivo à indústria farmacêutica, como a Nova Indústria Brasil (NIB) e os investimentos do BNDES e da FINEP. O laboratório, agora, assumirá a produção de todo o IFA utilizado para esse remédio no Brasil.
IFA do Infliximabe é resultado de parceria com a Janssen-Cilag
Além da Bionovis, também participaram da parceria que viabilizará a produção a Janssen-Cilag e o Biomanguinhos/Fiocruz. A expectativa é de que, por ano, uma média de 260 mil frascos do medicamento sejam fornecidos.
Entre estrutura fabril, capacitação e aquisição de tecnologia, a farmacêutica aportou R$ 800 milhões. A planta tem capacidade de produzir até 250 quilos de proteína de remédios biológicos por ano e permite fabricar dez biofármacos de alta complexidade para o tratamento de doenças autoimunes e oncológicas.
O montante, além de suprir a demanda do mercado interno, também possibilita a exportação desses produtos.
Projeto prevê maior produção nacional
Entre as metas da NIB, está a de elevar dos atuais 45% para 50%, até 2026, e a 70% até 2033, a produção nacional das necessidades do país de medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, além de materiais e outros insumos e tecnologia em saúde. Para tal, o programa vive sua segunda fase, prevista para terminar no próximo ano e com investimentos de R$ 59,2 bilhões.
Insumos importados causam déficit de R$ 20 bilhões
Os IFAs importados, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados em agosto do ano passado, representavam 90% dos insumos farmacêuticos utilizados no Brasil. Tal dependência do mercado internacional gera um déficit estimado de R$ 20 bilhões.