Sincofarma SP

Tratamento da Doença de Alzheimer

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2021-09-15 11:30:05

 

Gustavo Alves traz em sua crônica a importância de seguir o tratamento para Alzheimer

 

O tratamento da Doença de Alzheimer é complexo, requer o uso simultâneo de muitos medicamentos, além de alguns cuidados relacionados à posologia, reações adversas e algumas interações medicamentosas. Também deve se ter muita atenção para a adesão ao tratamento, pois muitos tem a crença de que por não ter cura, não adianta tomar os remédios, um grave engano.

Os medicamentos usados para o tratamento do Alzheimer serão aqueles com ação direta sobre a doença (Galantamina, Donepezil, Rivastigmina, Memantina) e aqueles com ação de suporte (Antipsicóticos, ansiolíticos, antidepressivos) ou também os medicamentos para reduzir, atenuar possíveis reações adversas (antieméticos, protetores de mucosa gástrica, vitaminas, antidiarreicos).

O tratamento farmacológico inclui inibidores das esterases e antagonistas de N-Metil-D-Aspartato, sendo as reações adversas (indesejáveis) mais comuns:

  • Cefaleia
  • Dores epigástricas
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Anorexia
  • Diarreia
  • Alterações do peso
  • Agitação
  • Insônia
  • Sudorese
  • Câimbras

Para tentar mitigar estes efeitos e dar mais qualidade vida ao paciente, o médico introduz outros medicamentos, destacando-se a Bromoprida, Ondansentrona, analgésicos, dentre outros. No caso dos antieméticos, por exemplo, deve-se evitar aqueles com ação anticolinérgica, pois estes podem favorecer as quedas. Os anticolinérgicos de maior risco e que devem ser evitados não somente em pessoas com Alzheimer, mas em idosos são a Meclizina, dimenidrato e prometazina. Estes remédios podem provocar inquietude, instabilidade, confusão, tremores, desorientação, sedação e até mesmo alucinações.

Outros medicamentos que também devem ser evitados em idosos com Alzheimer: Prednisolona, Cimetidina, Teofilina, Digoxina e Paroxetina, pois podem trazer os efeitos já citados como consequência de uma toxicidade anticolinérgica. Caso tenham sido prescritos pelo médico, cabe sempre uma boa avaliação e discussão caso-a-caso.

O farmacêutico faz o acompanhamento farmacoterapêutico de idosos com Alzheimer, monitora e verifica a intensidade das reações adversas e o risco de interações medicamentosas graves, analisa a adesão do paciente ao tratamento, informa sobre o uso correto e adequado dos medicamentos e colabora junto à equipe médica para uma prescrição eficaz e mais racional com a máxima segurança ao paciente.

 

Na dúvida sobre medicamentos, procure sempre um farmacêutico.


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Gustavo Alves Andrade dos Santos

Farmacêutico, Doutor em Biotecnologia
Coordenador do grupo de Cuidado farmacêutico ao Idoso do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo.

Twitter: @gustavofarmacia
Instagram: @gusfarma
Email: gusfarma@hotmail.com