2018-10-20 11:00:08
Conforme a FecomercioSP, o setor encerrou o mês com estoque ativo de 504.442 trabalhadores formais.
O comércio atacadista do Estado de São Paulo voltou a gerar vagas com carteira assinada pelo segundo mês consecutivo. Em agosto, foram criados 1.692 postos de trabalho, resultado de 15.909 admissões contra 14.217 desligamentos. Com isso, o setor encerrou o mês com um estoque de 504.442 empregos formais, alta de 1,6% em relação ao mesmo período de 2017, maior patamar desde outubro de 2015 e a mesma alta apontada em julho de 2018. No acumulado de 2018, o saldo ficou positivo em 6.292 vínculos celetistas. Na soma dos últimos 12 meses, 7.836 postos de trabalho formais foram abertos.
Os dados são da Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP Atacado), realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentações declaradas pelas empresas do atacado paulista. A pesquisa mostra o comportamento do mercado de trabalho formal no comércio atacadista em 16 regiões e dez ramos de atividades.
Dos dez segmentos analisados, apenas o grupo de outras atividades sofreu mais desligamentos do que admissões (51 vínculos) em agosto. Por outro lado, os grupos máquinas de uso comercial e industrial (383 vínculos); e papel, resíduos, sucatas e metais (313 vínculos) abriram o maior número de vagas em agosto.
No acumulado dos últimos 12 meses, destaque para o comércio atacadista de produtos farmacêuticos e higiene pessoal com 2.152 vagas abertas, o que representa um aumento de 3,6% no estoque de empregados em relação a agosto de 2017, a maior taxa entre os dez segmentos analisados. Em seguida, aparecem as atividades de papel, resíduos, sucatas e metais (2,9%); e de máquinas de uso comercial e industrial (2,8%), enquanto os segmentos de materiais de construção, madeira e ferramentas (-0,8%); e de vestuário, tecidos e calçados (-0,5%) são os únicos a registrar queda na mesma base comparativa.
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a geração de emprego tem obtido bons resultados por praticamente todas as atividades, respeitando impactos sazonais em alguns setores, o que dá o tom de otimismo. Os dados retratam o início do melhor período do ano, visto que o atacado se prepara também para o Natal, antecipando os movimentos do comércio varejista, aponta a Entidade.
A Federação ainda recomenda que o empresário aproveite o segundo semestre, meses com os melhores desempenhos do setor, para diminuir seus estoques por meio de promoções e direcionamento de vendas, observando o público-alvo, a forma e os prazos de pagamento. Assim como visualizar o tamanho do quadro funcional em relação ao ritmo de vendas e observar os tipos de contrato de trabalho para esta sazonalidade conhecida e bastante positiva.
Atacado paulistano
Na cidade de São Paulo, o comércio atacadista criou 401 vagas celetistas em agosto, com destaque para a atividade de produtos farmacêuticos e higiene pessoal, que abriu 130 vagas, e de máquinas de uso comercial e industrial, com 111 novos vínculos. Em contrapartida, o segmento de alimentos e bebidas eliminou 11 vagas. Desta forma, o atacado paulistano encerrou o mês com um estoque ativo de 208.549 trabalhadores formais, alta de 1% em relação a agosto de 2017, mesmo apontamento do mês passado.
Nos primeiros oito meses do ano, 2.215 vagas foram geradas, com destaque para o atacado de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (756 vagas); e de papel, resíduos, sucatas e metais (469 novos empregos). No acumulado de 12 meses, 2.041 vagas foram abertas, com liderança do grupo de produtos farmacêuticos e higiene pessoal (846 vagas).
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Comércio Atacadista do Estado de São Paulo (PESP-Atacado) analisa o nível de emprego do comércio atacadista. O campo de atuação está estratificado em 16 regiões do Estado de São Paulo e dez atividades do atacado: alimentos e bebidas; produtos farmacêuticos e higiene pessoal; tecidos, vestuário e calçados; eletrônicos e equipamentos de uso pessoal; máquinas de uso comercial e industrial; material de construção, madeira e ferramentas; produtos químicos, metalúrgicos e agrícolas; papel, resíduos, sucatas e metais; energia e combustíveis; e outras atividades. As informações são extraídas dos registros do Ministério do Trabalho por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e das informações sobre movimentação declaradas pelas empresas do atacado paulista.