2018-03-14 12:00:08
Baseada no valor do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa) anunciou no último dia 9 (sexta-feira) o reajuste de medicamentos em 2,84%. Segundo a entidade, por conta da inflação baixa, este será um dos menores reajustes dos últimos 12 anos. No total, cerca de 19 mil apresentações de medicamentos estão sujeitas ao reajuste. A medida valerá a partir de 1º de abril.
Além da inflação oficial, indicada pelo IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), a fórmula para a correção de preços dos medicamentos considera fatores como produtividade da indústria farmacêutica, concorrência de mercado, câmbio e energia elétrica. “A correção de preços fica abaixo da inflação. O país acumula 117% de inflação desde 2005, enquanto os medicamentos tiveram 82% de reajuste no período. São 35 pontos percentuais de diferença”, ressalta Antônio Britto, presidente-executivo da Interfarma.
Embora o reajuste tenha data marcada, a efetiva mudança de preços nas farmácias pode ser gradual. Isso porque distribuidores e varejo costumam aumentar seus estoques para manterem por algumas semanas o valor antigo. “Vale lembrar que os preços são regulados e não tabelados, ou seja, o governo estabelece um limite máximo, mas a concorrência de mercado é livre para a prática de descontos, que chegam a 60%”, afirma Britto.