Sincofarma SP

Genérico cai no gosto do consumidor

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2018-05-18 14:30:08

 

Genéricos já representam até 70% das vendas nas farmácias Os genéricos estão sendo bastante consumidos pelo público em geral. Há drogarias em que a vendo desses medicamentos responde por 70% do faturamento.

Drogas de uso continuo, como para o controle de diabetes e hipertensão, lideram os pedidos. Os genéricos levaram a competição a um mercado bem fechado e abocanharam as vendas Genérico cai no gosto do consumidor Em algumas farmácias da capital, as vendas correspondem até 70% JORDÂNIA FREITAS REPÓRTER Um levantamento realizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos) revelou que, pela primeira vez, os genéricos são os remédios mais receitados pelos médicos no país.

Segundo a pesquisa, 34% das 115 milhões de receitas emitidas, de fevereiro do ano passado até o mesmo més desde ano, foram de drogas genéricas.

Remédios similares e de referência somaram 33% das prescrições cada. Em Salvador, a Tribuna da Bahia percorreu algumas farmácias e constatou que os genéricos foram os mais vendidos nas drogarias visitadas. Uma das razões para isso é o preço, já que o valor do genérico chega a ser metade do remédio de marca. Na Drogaria São Paulo,no Matatu, 70% dos medicamentos vendidos são genéricos.

Graciela Coroa de Almeida, gerente da drogaria, conta que o medicamento genérico Losartana, empregado no controle da pressão arterial, pode ser encontrado por lá a R$ 9,65, enquanto a mesma droga de marca custa R$ 27,11. Dentre os genéricos, drogas de uso continuo, como para o controle de diabetes e hipertensão lideram os pedidos nos balcões das duas farmácias.

Na Drogaria da Gente, também no Matatu, os genéricos correspondem a 40% das vendas de medicamentos. Similares e remédios de referência totalizam 30% cada. Seu Geraldo Rodrigues Teixeira dos Santos, de 69 anos, conta que sempre prefere os genéricos, devido ao baixo custo, embora tenha percebido um aumento no preço desse tipo de medicação nos últimos tempos.

“Antigamente era bem baixinho, agora o preço do genérico esta quase igual ao de marca”, reclamou o aposentado. Mesmo 19 anos após a introdução dos genéricos no país, ainda há quem resista aos a esse tipo de medicamento. “Tem muita gente que ainda tem preconceito com genérico.

E tem médico que só passa o de referência, e a pessoa só quer levar aquele que o médico passou. Normalmente é o pessoal mais idoso”, revelou João Lúcio Cardoso, farmacêutico da Drogaria da Gente. FATURAMENTO: Mesmo sem ter dados precisos, o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos do Estado da Bahia (Sincofarba) afirmou que os baianos estão consumindo mais os genéricos.

Contudo, os remédios de marca ainda são mais vendidos no estado. Na avaliação de Luiz Trindade, vice-presidente da entidade, a resistência dos mais velhos e a falta de costume em consumir os genéricos são os responsáveis pelo desenho do cenário Ainda assim, o sindicalista revela que o consumo de genéricos na Bahia representa 5% do mercado brasileiro e que aproximadamente 30% do faturamento geral das drogarias baianas vêm dos genéricos e similares.