Sincofarma SP

Ministro da Saúde contra o Programa Farmácia Popular

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2017-12-21 12:00:08

 

Desde o início de sua gestão no Ministério da Saúde, o Ministro Ricardo Barros ataca o Aqui Tem Farmácia Popular, passando informações completamente desconexas com a realidade do programa.

Internamente, parece não haver reconhecimento do programa por parte do Ministro, que novamente quer reduzir o valor de referência fixado para remunerar o trabalho executado pelo setor privado.

Ainda não recebemos proposta do Ministério, mas o SINCOFARMA/SP é contrário a qualquer redução nos valores de referência.

Desde a implementação do programa, os valores de referência só foram reduzidos, trazendo para as empresas a árdua missão de equilibrar as contas, pois parte dos medicamentos dão prejuízo.

Ao que tudo indica, até o momento, o Ministério não valoriza o trabalho das farmácias, comparando compras públicas com os valores de repasse do programa.

Ou seja, a farmácia que absorve todo o risco do negócio, do estoque, de pessoal, da burocracia de alimentar o sistema, deve dispensar os medicamentos pelos preços de compras públicas ou por valor que não pagam seus custos.

Ao longo do tempo, o programa Aqui Tem Farmácia Popular se demonstrou eficiente e tem altos índices de aprovação pelos usuários, que hoje atinge mais de 9 milhões de pessoas por mês.

Além de querer baixar o valor, não há nenhuma proposta de inclusão de novos medicamentos, muito menos previsão para cadastramento de farmácias.

Diante da inegável eficiência do programa e do custo benefício que traz ao poder público dispor de rede privada de mais de 31000 empresas, com reflexos na diminuição de internações na rede pública e de aumento da adesão ao tratamento das patologias que atende, nos parece que o desprestígio do programa pelo Ministro só pode ser atrelado a impossibilidade de uso político.

Diferente das compras públicas, que podem ser direcionadas como trabalho de políticos de partidos aliados, o programa não permite essa prática.

Diante desses fatos, podemos dizer que, mantida a intenção de redução, o Ministro não se importa com o trabalho desenvolvido pelo setor privado, sobretudo das farmácias, e que o programa não é prioridade e, com certeza, o usuário será o maior prejudicado.

Esperamos que esses fatos não sejam reais e que o Ministro reveja sua posição, valorizando o trabalho do setor privado e passe a tratar o programa como uma das prioridades do Ministério.