Entenda as indicações de cada formato.
Existem diversas formas de se apresentar um medicamento: injeção, xarope, pílulas, aspirável… Quando falamos na administração sólida, existem três tipos que parecem muito semelhantes, mas só na aparência mesmo: comprimido, cápsula e drágea.
Existe um melhor ou mais eficaz do que o outro? Primeiro, é preciso entender o que significa cada um e o que muda entre um e outro.
- Comprimido: são obtidos pela compressão, em equipamento específico, dos fármacos e de adjuvantes adequados. Essa apresentação possibilita diversos formatos.
- Drágea: é um tipo de comprimido, mas é revestido de açúcar e corante (processo chamado de drageamento.
- Cápsula: é quando o princípio ativo é revestido de um invólucro solúvel duro ou mole, de formatos e tamanhos variados.
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Cada um deles tem uma indicação específica para ser usado, que depende de diversos fatores como as características físico-químicas do fármaco, o tempo de início da ação esperada para o mesmo, as características da fisiologia do ser humano, etc.
Por exemplo, para um idoso pode ser muito mais simples tomar a dipirona em forma de drágea em vez de comprimido, pois a primeira é mais lisa e facilita a deglutição. Tudo isso deve ser levado em conta pelo médico e o farmacêutico. Entenda melhor as indicações de cada formato:
Quando é melhor usar comprimido?
Normalmente, os comprimidos funcionam melhor para medicamentos que possuem ação por via oral, resistem às enzimas digestivas e não sejam degradados e inativados por elas ou totalmente metabolizados na primeira passagem pelo fígado. Existem diversos tipos de comprimidos: de ação lenta/prolongada, mastigáveis, efervescentes, de revestimento entérico e sublinguais. Entre suas vantagens estão:
- Boa estabilidade físico-química.
- Simplicidade e economia na preparação.
- Precisão na dosagem.
- Fácil administração.
No entanto, o problema que apresentam é a impossibilidade de ajuste de dose, como é possível fazer com a cápsula.
Quando a drágea é a melhor escolha?
As drágeas são mais fáceis para serem engolidas, além de possuírem o revestimento de açúcar, que mascara sabores e odores desagradáveis de alguns princípios ativos. Além disso, ela é indicada para fármacos que oxidam com mais facilidade.
No entanto, fazer esse tipo de revestimento tem sido considerado uma tecnologia ultrapassada, já que é um processo caro, depende muito da habilidade de quem o realiza e pode resultar em drágeas com diferentes dimensões e pesos, mesmo que no mesmo lote.
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Quando a cápsula é a melhor opção?
As cápsulas podem ser moles ou duras: as primeiras recebem medicamentos em formado de óleo ou outras formas não sólidas, enquanto as últimas recebem o medicamento em pó.
Elas são muito usadas em farmácias de manipulação, já que permitem a inserção de diversos princípios ativos em quantidades personalizadas, algo que o comprimido não permite.
No entanto, elas têm o problema não poderem ser divididas e precisarem de mais de uma se o princípio ativo for muito volumoso.
Além disso, não são tão fáceis de deglutir para idosos e crianças.
Cuidados ao armazenar esses medicamentos
Independentemente do formato do seu medicamento, existem alguns cuidados para consumi-los e armazená-los adequadamente:
- Sempre mantenha-os em locais secos e longe do calor e da exposição da luz solar;
- Verifique sempre a validade do remédio antes de consumi-lo;
- Certifique-se de que a embalagem está lacrada e possui a “raspadinha de segurança”, ou seja, uma parte da embalagem onde raspando-se com um objeto metálico pode-se observar a logomarca da empresa.
Fonte: UOL / Alessandra Russo de Freitas, farmacêutica do Cebrim-CFF (Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos do Conselho Federal de Farmácia); e Maria Fernanda Barros de Oliveira Brandão, farmacêutica do CIM do CRF-BA (Centro de Informação sobre Medicamento do Conselho Regional de Farmácia da Bahia).
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Fonte: Guia da Farmácia