Recomendação também vale para as escolas. Capital acompanha a decisão do comitê de saúde do governo estadual que voltou a recomendar uso de máscara em locais fechados na terça-feira (1º).
A Prefeitura de São Paulo voltou a recomendar o uso de máscaras contra a Covid-19 em ambientes fechados no município nesta quarta-feira (1º). Com isso, o uso ainda não é obrigatório.
A capital acompanha a decisão do governo estadual que voltou a recomendar o uso do equipamento de proteção individual na terça-feira (31).
“Cabe enfatizar que a utilização da máscara, cobrindo corretamente nariz e boca, em ambientes fechados é uma recomendação. Porém, o uso segue obrigatório em equipamentos de saúde e em transportes coletivos, como ônibus, trens e metrô”, diz texto da prefeitura.
De acordo com o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco, a recomendação tem como objetivo proteger a população neste momento de alta do número de casos positivos para a Covid-19.
“Além do uso da máscara, é importante que a população complete o seu ciclo vacinal. Tanto para o primeiro ciclo quanto para as doses de reforço. Nossos postos estão abertos diariamente, e a vacina está disponível para todos”, afirmou.
A capital informou que a decisão levou em conta o aumento na positividade dos testes rápidos antígenos (TRAs) para Covid-19. De 24 a 30 de abril a taxa de positividade foi de 4%, enquanto em 30 de maio, a positividade foi para 18%.
SP volta a recomendar o uso de máscaras
Nesta quarta, a Câmara Municipal de São Paulo também atualizou a regra sobre o uso de máscaras e decidiu voltar a exigir o equipamento de proteção contra a Covid entre servidores e vereadores. Para visitantes, a Casa segue a orientação da prefeitura e recomenda a utilização de máscara. O ato da Mesa Diretora deve ser publicado nesta quinta-feira (2).
“Diante do cenário atual, é uma forma de protegermos a todos que frequentam a Câmara”, disse Milton Leite, presidente da Casa.
Alta de internações
No estado, a recomendação ocorre em meio a uma alta de 120% de internações por Covid-19 em maio. Apesar do crescimento, 10 milhões de pessoas ainda estão com dose de reforço da vacina atrasada em SP.
Em entrevista à CBN, entretanto, o secretário da Saúde, Jean Gorinchteyn, disse que a gestão estadual não irá decretar a volta do uso obrigatório de máscaras.
Caberá às prefeituras transformar esse recomendação em uma determinação por meio de um decreto, por exemplo.
“A medida não será retomada frente aos índices que, a despeito de terem elevado, ainda estão muito distantes daquilo que nós tivemos no pico causado pela variante Ômicron do coronavírus, no início de 2022. Na ocasião, nós tínhamos quase 11,3 mil pessoas internadas, sendo 4,1 mil em UTIs”, disse ele em entrevista à rádio.
A prefeitura da capital, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), informou que deve realizar uma reunião extraordinária nesta quarta (1°) para avaliar os índices da última semana e decidir se acompanhará a decisão do governo estadual.
O grupo de especialistas do governo de São Paulo também recomendou que pessoas de grupos de risco para o coronavírus utilizem a proteção mesmo em ambientes abertos, e que a população complete o esquema vacinal, com a dose de reforço para adultos e adolescentes, e a quarta dose para idosos e pessoas com comorbidades.
Em nota, o governo de São Paulo confirmou a recomendação do comitê, mas destacou que a sugestão não altera a legislação vigente.
“O Comitê recomendou o retorno do uso de máscaras em estabelecimentos fechados sem caráter obrigatório, não modificando a legislação vigente em São Paulo da utilização apenas em ambientes hospitalares e no transporte coletivo”, declarou, em nota.
“O grupo também orientou que os municípios intensifiquem a busca ativa dos faltosos das 2ª e 3ª dose para os adultos e da 4ª dose para os idosos acima dos 60 anos. Entre as recomendações também está a importância da vacinação entre os adolescentes para a terceira dose, que começou a ser aplicada no Estado ontem (30)”.
Histórico
O estado retirou a obrigatoriedade do uso da máscara contra a Covid-19 em espaços fechados em 17 de março. A proteção continuou obrigatória apenas em ônibus, metrô, trens e respectivos locais de acesso (embarque e desembarque), hospitais, consultórios e unidades de saúde.
O uso em ambientes como escolas, escritórios, academias, shoppings e lojas, atualmente, é opcional.
O uso obrigatório de máscara de proteção contra o coronavírus começou no transporte público na Grande São Paulo, em 4 de maio de 2020.
Três dias depois, em 7 de maio, passou a ser obrigatório em todo o estado nas ruas, locais públicos, estabelecimentos, repartições públicas estaduais e no transporte por aplicativo.